
Grupo de Pesquisa - Química Aplicada à Tecnologia
IPSA SCIENTIA POTESTAS EST
Nossa História
O Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia (GP-QAT) foi criado em 2008 na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) com o propósito de integrar o conhecimento químico às demandas tecnológicas e ambientais da Amazônia. Inicialmente voltado à área de biotecnologia e ao desenvolvimento de processos industriais sustentáveis, o grupo expandiu suas atividades para o monitoramento ambiental, consolidando-se como referência nacional. Com o passar dos anos, estruturou laboratórios modernos e a Central de Análises Químicas (CAQQAT), além de coordenar a embarcação de pesquisa Roberto dos Santos Vieira (parceria com IPAAM), que ampliou o alcance das coletas e análises em rios amazônicos. O GP-QAT criou e coordena o Programa de Monitoramento da Qualidade de Águas, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM) e mantém parcerias com instituições nacionais e internacionais, como Universidade de Harvard, Universidade de Genebra e Instituto Max Planck. Sua trajetória reflete o compromisso com a ciência aplicada, a formação de pesquisadores e a sustentabilidade amazônica.
Nossa Trajetória
O Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia (GP-QAT) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) consolidou-se, ao longo de sua trajetória, como um dos principais núcleos de pesquisa científica e tecnológica da Região Norte, com atuação destacada nas áreas de química analítica, ambiental, biotecnologia e desenvolvimento de tecnologias limpas voltadas à realidade amazônica. Desde sua criação, o grupo vem articulando pesquisa, ensino, inovação e prestação de serviços técnicos especializados, com o objetivo de gerar conhecimento aplicado ao monitoramento e à conservação dos ecossistemas amazônicos, bem como à transformação sustentável das cadeias produtivas locais.
O GP-QAT iniciou suas atividades com foco na área de biotecnologia, com o tempo migrou para a área de análise e monitoramento da qualidade de águas, ar e solos, expandindo-se posteriormente para áreas correlatas como ecotoxicologia, química de materiais, química ambiental, biotecnologia aplicada e aproveitamento de resíduos industriais e biomassa amazônica. Essa diversificação permitiu ao grupo atuar de forma interdisciplinar, incorporando abordagens químicas, biológicas e tecnológicas em seus projetos.
Com a criação da Central de Análises Químicas e Química Aplicada à Tecnologia (CAQQAT), em 2015, o grupo passou a dispor de infraestrutura laboratorial moderna, equipada com sistemas de cromatografia (GC, HPLC), espectrometria (ICP-OES, ICP-MS, FRX), análise elementar (CHNS-O), espectroscopia (UV-Vis, IR-ATR), calorimetria, tensiometria e análises de carbono e nitrogênio total (TOC/NT), entre outros. Essa estrutura permitiu ampliar a capacidade analítica e a prestação de serviços especializados para diferentes setores.
Ao longo de sua trajetória, o GP-QAT teve vários projetos de grande porte aprovados junto às principais agências de fomento do país, como CNPq, FINEP, FAPEAM e CAPES, consolidando-se como um polo de pesquisa de excelência no Amazonas.
Entre os projetos de maior destaque estão:
PROINFRA/FINEP (2011, 2013, 2023 e 2024)
Viabilizaram a expansão da infraestrutura da CAQQAT e a aquisição de vários equipamentos de grande porte, fortalecendo a capacidade analítica da universidade e do grupo para atender demandas regionais de pesquisa e inovação.
Programa de Monitoramento da Qualidade de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM)
Iniciativa emblemática que integra o GP-QAT e o Governo do Estado, com apoio do IPAAM, CNPq e da FAPEAM, abrangendo dezenas de municípios e gerando bancos de dados inéditos sobre a qualidade ambiental da região.
PRO-ESTADO/FAPEAM (2018, 2019, 2022 e 2024)
Possibilitaram a estruturação de laboratórios multiusuários e o desenvolvimento de metodologias de análise ambiental aplicadas a rios amazônicos.
Projeto de Monitoramento do Rio Negro (Manaus – São Gabriel da Cachoeira) e Rio Madeira (Nova Olinda do Norte – Humaitá)
Ambos realizados com ênfase em 164 parâmetros físico-químicos e biológicos, incluindo estudos de contaminação por mercúrio em parceria com a Universidade de Harvard.
Esses projetos têm sido referência nacional e internacional por combinarem análises químicas avançadas, sensoriamento remoto, uso de sensores de baixo custo e modelagem ambiental, contribuindo para a formulação de políticas públicas e para o aprimoramento de índices de qualidade da água adaptados às tipologias amazônicas, como o Índice de Qualidade de Águas Negras (IQA-Pretas) desenvolvido pelo grupo.
Nos últimos cinco anos, o GP-QAT apresentou crescimento expressivo na produção científica, com mais de 753 publicações entre artigos, capítulos de livros e trabalhos em eventos internacionais, indexados em bases como Scopus, Web of Science e SciELO.
As publicações cobrem temas diversos — desde análises de contaminantes emergentes, biogeoquímica de metais traço e isótopos estáveis, até estudos sobre microplásticos, biomateriais e bioindicadores. Essa produção reflete o amadurecimento do grupo e o reconhecimento de sua relevância no cenário científico amazônico e internacional.
Além disso, o grupo tem atuado fortemente na formação de recursos humanos, com a orientação de dezenas de alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, muitos dos quais seguiram carreira acadêmica ou ingressaram em órgãos ambientais e laboratórios de referência.
A consolidação científica do GP-QAT se reflete em suas colaborações internacionais de alto nível. O grupo mantém parcerias ativas com instituições de excelência, como:

cooperação com os professores Scot T. Martin e Elsie Sunderland, voltada à análise isotópica e especiação de mercúrio em águas, solos e biota amazônica.

Parceria com o professor Serge Stoll, para estudos de microplásticos e desenvolvimento de metodologias de separação e caracterização físico-química de polímeros.


